segunda-feira, setembro 27, 2010

Biologia - Filos Pertencentes ao Reino Annimalia (Parte 1)

Olá pessoal! Para quem faltou, aí vai o conteúdo dado na nossa primeira aula:

PORÍFEROS


As esponjas representam o Filo Porifera.
Os representantes do Filo Porifera são aquáticos, a maioria do ambiente marinho. São animais de estrutura corpórea mais simples, sem tecidos diferenciados, não possuem órgãos de locomoção e grande parte está presa às rochas. Algumas espécies apresentam simetria radial, porém a maioria é assimétrica.

As esponjas podem viver isoladamente ou formar colônias. São pequenas, medem alguns centímetros de altura, entretanto existem algumas espécies em que os representantes medem até 2 metros de altura e 3 metros de diâmetro. As esponjas possuem forma e cor variáveis, resultantes da espécie e de fatores ambientais

A água que conduz alimento e oxigênio penetra por uma série de poros apresentados na superfície de uma esponja.

Os poríferos são animais diblásticos, pois em seu desenvolvimento embrionário apresentam o corpo revestido externamente por células pavimentosas chamadas pinacócitos, que constituem a pinacoderme. A parede interna é formada de coanócitos, células flageladas, que constituem a coanoderme.

As esponjas são animais que se alimentam de partículas suspensas na água.

Os amebócitos (células que têm a capacidade de se deslocar pelo meso-hilo por meio de movimentos amebóides) é um tipo celular imerso no meso-hilo, constituído basicamente por um material gelatinoso.

As esponjas reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode ser por brotamento, fragmentação ou gemulação. Na reprodução sexuada, elas produzem espermatozóides ou óvulos. 
As esponjas possuem grande capacidade de regeneração. 


CNIDÁRIOS


Cnidários: Medusas e Pólipos
O Filo Cnidária, anteriormente denominado de coelencerata, abrange os animais aquáticos, de forma geral, os marinhos, contudo com alguns representantes de água doce, reunindo em sua totalidade mais de 9 mil espécies representadas principalmente por organismos que vivem isoladamente (hidras, anêmonas-do-mar) e as formas coloniais (as caravelas).

Quanto à organização corporal, esses animais são considerados dibásticos, apresentando dois folhetos germinativos (ectoderma e endoderma), durante o desenvolvimento germinativo, que orientam a formação da estrutura de revestimento corporal em duas camadas: a epiderme e a gastroderme. 

Esses animais manifestam dois tipos morfológicos: os pólipos (organismos sésseis) e as medusas (organismos livre-natantes), ambos manifestam orifício bucal por onde o alimento é ingerido, e em seguida transferido à cavidade gastrovascular responsável pela digestão parcial dos nutrientes absorvidos pelas células que revestem essa cavidade, e dessas aos demais tecidos.

Como esse grupo não possui ânus, os resíduos não metabolizados são eliminados também pela boca.

Em sua região superior, existem projeções (os tentáculos) que efetuam tanto a captura de alimentos quanto o mecanismo de defesa, em razão da presença de células especializadas, os cnidoblastos. Esse tipo celular possui, além de um mecanismo disparador de espícula que fere a presa, outro que armazena e libera substâncias urticantes, causando irritabilidade e sensações dolorosas. 

A reprodução pode ser assexuada, através da emissão de pequenos brotos que se desprendem dos pólipos, ou sexuada, por meio de gametas dispersos na água, onde fecundam e originam um zigoto. 

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Sistema Digestivo – incompleto (intra e extracelular); 
Sistema Circulatório – ausente (os alimentos se difundem através da cavidade gastrovascular);
Sistema Respiratório – ausente (trocas gasosas diretamente com o ambiente),
Sistema Excretor – ausente (as excretas são liberadas diretamente no meio extracelular);
Sistema Nervoso – presente (difusamente espalhado pelo corpo)

Classes Representativas: Hydrozoa, Scychozoa e Anthozoa.

PLATELMINTOS
Acesse: Ver NEMATELMINTOS
  
Ciclo da esquistossomose e teníase
Platelmintos possuem como principal característica o corpo achatado, mole, fino, comprido e sem patas. São triblásticos, sem celoma, com simetria bilateral, cabeça, tubo digestivo incompleto ou ausente - na maioria dos parasitas, visto que a alimentação é proveniente do hospedeiro. Não possuemsistemas respiratório e circulatório. 

A excreção se dá por células denominadas células-flama e o sistema nervoso possui gânglios nervosos e dois cordões nervosos. As tênias e planárias podem se reproduzir de maneira assexuada, sendo que esta também se reproduz sexuadamente e o esquitissomo também. O filo dos platelmintos se divide nas classes turbelária, trematoda e cestoda. 

Abaixo, um quadro comparativo entre as classes:
Para prevenir  as doenças caudadas pelos representantes da classe cestoda e trematoda, medidas de saneamento básico, como tratamento de água e esgoto e construção de fossas sépticas, são cruciais. Evitar contato com água onde está presente o caramujo do gênero Biomphalaria, controle destes e uso de botas e luvas de borracha em regiões alagadiças são medidas importantes para se evitar a esquistossomose. Quanto às tênias, evitar se alimentar de carne mal passada ou crua e hábitos de higiene são essenciais para se prevenir da teníase e cisticercose. 



NEMATELMINTOS

Ancylostoma duodenale: o parasita do amarelão.
O Filo Nematoda abriga indivíduos cilíndricos, de formato alongado e extremidades afiladas, com cutícula protegendo a epiderme e, sob esta, músculos longitudinais, permitindo que se locomovam via movimentos de flexão. É um grupo que contém uma grande diversidade de representantes, sendo a maioria destes de vida livre, distribuídos tanto em ambientes terrestres quanto aquáticos; tanto de água doce quanto de água salgada. Entretanto, geralmente frisam-se mais os organismos parasitas, já que estes colocam em risco a saúde e o bem-estar da vida de diversas espécies animais e vegetais.

São triblásticos, pseudocelomados, têm simetria bilateral e sistema digestório completo, com boca (com lábios ou papilas e dentes ou estiletes), faringe, intestino e ânus (ou cloaca). A maioria deles é dioica, ou seja: possui sexos separados. Dimorfismo sexual é também comum, sendo a fêmea de tamanho maior que o macho. Este possui uma extremidade em forma de gancho que auxilia no momento da cópula e cloaca. Já na fêmea há ânus. Do processo reprodutor, geram-se ovos de casca bastante resistente sendo que, em muitas espécies, principalmente as parasitas, o desenvolvimento é indireto.

A respiração é cutânea, por difusão, e os nutrientes, oxigênio e gás carbônico, circulam pelo corpo via pseudoceloma, já que não têm sistema circulatório. Possuem sistema excretor, com uma única célula, denominada renete, liberando excretas por um poro excretor.

Quanto ao sistema nervoso, possuem dois cordões nervosos que se comunicam com as fibras musculares, além de um anel nervoso localizado na faringe.

Quanto às parasitoses humanas, temos a lombriga (Ascaris lumbricoides) como o seu mais conhecido representante, sendo essa a responsável pela ascaridíase. A ancilostomose, ou amarelão é causada por outros representantes, o Ancylostoma duodenale ou o Necator americanus. A larva migrans cutânea, ou simplesmente “bicho geográfico”, tem o Ancylostoma braziliensis e Ancylostoma caninum como os responsáveis por ela. Wuchereria brancrofti é o parasita da filariose, que pode desenvolver a elefantíase. Oxiurose, estrongiloidíase e tricuríase são outras das mais de 50 doenças humanas que esses vermes podem causar.




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